O educador apresentou o texto de Cipriano Carlos Luckesi, com título: De
examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário, e ordenou que fizéssemos uma síntese reflexiva sobre
o texto.
Veja como ficou a minha:
Síntese
do texto: De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário
John Hunter, em seu livro Princípios de liderança segundo
o monge e o executivo, define insanidade como o ato de desejar resultados
novos, sem mudar hábitos antigos, porém isso não é possível, para termos
resultados novos devemos muda também nossa atitude, conceitos, buscar novos
conhecimentos para obtemos esses resultados.
As
razões que geram essa dificuldade podem ser sintetizadas em três temas: (1) as
contribuições da história da educação, (2) o modelo de sociedade no qual
vivemos, (3) a representação inconsciente do que ocorreu com cada um de nós, ou
seja, essas três temáticas influenciaram no processo do ensino de maneira
negativa, pois foram criados maneira de se excluir a aprendizagem através do
exame escolar.
A história da educação nos aprisiona. No que se refere a
avaliação da aprendizagem, nós educadores temos estado aprisionados a padrões
de compreensão e de conduta que vem de séculos passados. No entanto esse
aprisionamento veio da modernidade, com a imposição de disciplinamento, imposto
pelos poderes dominantes da sociedade moderna para ter controle sobre as instituições
sociais.
A escola é uma dessas instituição e os exames um desses
recursos. Os exames escolares, carregam uma carga de ameaça e castigo sobre os
educandos e o disciplinamento cria o controle sobre eles. Ao longo do tempo foi
imposto um padrão de conduta enraizado no modo de conceber e agir doe
educadores.
O modelo examinativo é a forma no qual o acompanhamento
da aprendizagem dos educandos é feito, com isso a um aprisionamento na história
da educação moderna. No entanto devemos mudar a forma de compreender e agir dos
educadores para que eles consigam passar do ato de examinar para o ato de
avaliar.
O modo de agir com os exames tornou-se resistente a
mudanças, por que ele oferece um modo confortável de ser, garantido ao educador
poder de controle sobre o educando. Porém a avaliação tenta superar a prática
dos exames, para produzir resultados escolares bem-sucedidos e ela mostra a
necessidade de acompanhamento do educando, por isso o modo de compreende e agir
do exame não serve mais para a escola.
No modelo social a exclusão é o maior empecilho para que
haja mudança do modelo examinativo para o modelo avaliativo, pois existe
arraigada uma conduta e um aprisionamento ao modelo de sociedade vigente na
modernidade a burguesia capitalista.
O modelo social burguês capitalista nos compromete a
todos. Pois usam o exame de maneira excludente, no entanto a avaliação da
aprendizagem é democrática, pois é inclusiva, o que se opõe ao modelo social
hierarquizado e excludente da sociedade burguesa, daí um fator determinante na
constituição e permanência da resistência de passar do ato de examina para o
ato de avaliar na escola.
A experiência biográfica de cada um dos educadores.
Durante a vida escolar pregressa, foram excessivamente examinados. Ao se
tornarem educadores, replicam aos educandos aquilo que aconteceu com eles.
Entretanto para romper com esse modo de agir exige consciência, atenção e
cuidados permanente, até mudar os velhos hábitos
Na vida escolar, aprendem a obedecer, de modo externo e
aversivo, e, agora, repetem essa prática junto aos educandos, usando os exames
como recurso de controle. Porém sem a consciência e atenção específicas,
replicam com os outros o que aconteceu com eles.
Para atuarem efetivamente como educadores pedagógicos,
servindo-se dos recursos da avaliação da aprendizagem necessitam de assumir
consciência clara de que estão rompendo com o modelo social excludente, assim
como os fantasmas internos adquiridos ao longo da vida profissional e pessoal.
Para transitar do ato de examinar para o ato de avaliar
na escola, necessitam de uma conversão de conceitos e modos de agir, que não
servem mais para auxiliar a caminhada na vida profissional e pessoal. Para se
obter resultados novos, são necessários modos novos de agir.
Avaliar
é um ato subsidiário da obtenção de resultados positivos com nossa ação. Ou
seja, a avaliação contribui, em qualquer atividade humana, o resultado bem-sucedido.
Ela oferece os recursos para diagnosticar uma ação e a partir do conhecimento
que obter sobre a qualidade dos resultados dessa ação, intervir nela para que
se caminhe na direção dos resultados desejados.
O ato de avaliar é um aliado de todos que desejam
produzir resultados satisfatório com suas ações, ou seja, fazemos uma
avaliação, para verificamos se alcançamos objetivo da aprendizagem apresenta ao
educando e de acordo com o resultado podemos melhorar a nossa conduta como
educando.
Referência
LUCKESI,
Cipriano
Carlos. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In:
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da
aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez,
2011, p.67-72.
Nenhum comentário:
Postar um comentário