segunda-feira, 9 de março de 2015

De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário.


O educador apresentou o texto de Cipriano Carlos Luckesi, com título: De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário, e ordenou que fizéssemos uma síntese reflexiva sobre o texto.
Veja como ficou a minha:


Síntese do texto: De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário

           John Hunter, em seu livro Princípios de liderança segundo o monge e o executivo, define insanidade como o ato de desejar resultados novos, sem mudar hábitos antigos, porém isso não é possível, para termos resultados novos devemos muda também nossa atitude, conceitos, buscar novos conhecimentos para obtemos esses resultados.
            As razões que geram essa dificuldade podem ser sintetizadas em três temas: (1) as contribuições da história da educação, (2) o modelo de sociedade no qual vivemos, (3) a representação inconsciente do que ocorreu com cada um de nós, ou seja, essas três temáticas influenciaram no processo do ensino de maneira negativa, pois foram criados maneira de se excluir a aprendizagem através do exame escolar.
            A história da educação nos aprisiona. No que se refere a avaliação da aprendizagem, nós educadores temos estado aprisionados a padrões de compreensão e de conduta que vem de séculos passados. No entanto esse aprisionamento veio da modernidade, com a imposição de disciplinamento, imposto pelos poderes dominantes da sociedade moderna para ter controle sobre as instituições sociais.
            A escola é uma dessas instituição e os exames um desses recursos. Os exames escolares, carregam uma carga de ameaça e castigo sobre os educandos e o disciplinamento cria o controle sobre eles. Ao longo do tempo foi imposto um padrão de conduta enraizado no modo de conceber e agir doe educadores.
            O modelo examinativo é a forma no qual o acompanhamento da aprendizagem dos educandos é feito, com isso a um aprisionamento na história da educação moderna. No entanto devemos mudar a forma de compreender e agir dos educadores para que eles consigam passar do ato de examinar para o ato de avaliar.
            O modo de agir com os exames tornou-se resistente a mudanças, por que ele oferece um modo confortável de ser, garantido ao educador poder de controle sobre o educando. Porém a avaliação tenta superar a prática dos exames, para produzir resultados escolares bem-sucedidos e ela mostra a necessidade de acompanhamento do educando, por isso o modo de compreende e agir do exame não serve mais para a escola.
            No modelo social a exclusão é o maior empecilho para que haja mudança do modelo examinativo para o modelo avaliativo, pois existe arraigada uma conduta e um aprisionamento ao modelo de sociedade vigente na modernidade a burguesia capitalista.
            O modelo social burguês capitalista nos compromete a todos. Pois usam o exame de maneira excludente, no entanto a avaliação da aprendizagem é democrática, pois é inclusiva, o que se opõe ao modelo social hierarquizado e excludente da sociedade burguesa, daí um fator determinante na constituição e permanência da resistência de passar do ato de examina para o ato de avaliar na escola.
            A experiência biográfica de cada um dos educadores. Durante a vida escolar pregressa, foram excessivamente examinados. Ao se tornarem educadores, replicam aos educandos aquilo que aconteceu com eles. Entretanto para romper com esse modo de agir exige consciência, atenção e cuidados permanente, até mudar os velhos hábitos
            Na vida escolar, aprendem a obedecer, de modo externo e aversivo, e, agora, repetem essa prática junto aos educandos, usando os exames como recurso de controle. Porém sem a consciência e atenção específicas, replicam com os outros o que aconteceu com eles.
            Para atuarem efetivamente como educadores pedagógicos, servindo-se dos recursos da avaliação da aprendizagem necessitam de assumir consciência clara de que estão rompendo com o modelo social excludente, assim como os fantasmas internos adquiridos ao longo da vida profissional e pessoal.
            Para transitar do ato de examinar para o ato de avaliar na escola, necessitam de uma conversão de conceitos e modos de agir, que não servem mais para auxiliar a caminhada na vida profissional e pessoal. Para se obter resultados novos, são necessários modos novos de agir.
            Avaliar é um ato subsidiário da obtenção de resultados positivos com nossa ação. Ou seja, a avaliação contribui, em qualquer atividade humana, o resultado bem-sucedido. Ela oferece os recursos para diagnosticar uma ação e a partir do conhecimento que obter sobre a qualidade dos resultados dessa ação, intervir nela para que se caminhe na direção dos resultados desejados.
            O ato de avaliar é um aliado de todos que desejam produzir resultados satisfatório com suas ações, ou seja, fazemos uma avaliação, para verificamos se alcançamos objetivo da aprendizagem apresenta ao educando e de acordo com o resultado podemos melhorar a nossa conduta como educando.
           
Referência
LUCKESI, Cipriano Carlos. De examinar para avaliar, um trânsito difícil, mas necessário. In: LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22. Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p.67-72.

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